NARRAÇÃO DE SARA...
Estou nervosa, minha mãe não é de medir as palavras. E isso me preocupa.
Ela não imagina como eu e Brady já estamos entregues um ao outro. Só de cogitar a ideia de ela destratá-lo novamente, sinto uma profunda dor no peito, pois quero protegê-lo, não quero que ele sofra mais.
Aproveitei o tempo e tomei uma ducha rápida.
Quando estava me enxugando, escutei a campainha. Meu coração disparou, quase saiu pela boca. Me vesti às pressas, ofegante, com medo de deixá-los a sós.
Tentei ser rápida ao colocar uma roupa quente.
Ao abrir a porta, estranhei ao ver minha mãe segurando um livro lacrado, conversando com Brady, que também segurava um presente infantil. Inspirei fundo, me preparando para aparecer, torcendo para que o clima tenso se esvaísse.
Seus olhos me encontraram e ele até se calou, esquecendo completamente da conversa com minha mãe. Respirei fundo. Era terrível a sensação de querer beijá-lo e não poder, não com minha mãe presente.
— Boa noite, Sr. Dawson. — Fale