ABNER
Sai da oficina com Bruno, numa caminhonete adaptada, com uma minioficina.
— Iremos à fazenda de uma das famílias mais rica da cidade.
— Você conhece todos por aqui, a cidade parece pequena.
— Nem tanto, mas trabalhando aqui a mais de dez anos, sim, conheço.
— Então o seu filho mais velho não nasceu aqui na cidade? — Perguntei curioso, queria conhecer as pessoas que irei conviver.
-Marcos e Marcio são da capital. Mas, como você pode perceber, nem eles, nem Marcela, são meus filhos biológicos.
— Eles parecem muito com a mãe, não havia imaginado...
— Que não eram meus?
— Sim, até porque percebi que eles são muito apegados ha você.
— Eles são a minha vida. Estou com Mara há três anos. Mas, desde antes, já me sentia pai dos três. Eu nunca poderei ter meus filhos biológicos. Eles nasceram, aqui.
Ele apontou para o próprio peito, aquilo foi bonito.
— O pai das crianças?
-Sumiu no mundo. Mas, essa história, não é minha, envolvi muita gente, por isso vamos ter que tomar ainda muita cerve