Selene Castiel
Os saltos cortavam o chão como se cada passo fosse um decreto.
As portas de vidro se abriram com o sensor, mas pra mim? Pareciam se abrir porque sabiam quem chegou.
A recepção congelou. Estagiários pararam de digitar. Assistentes abaixaram os telefones. Até o segurança ficou ereto como se estivesse na presença da própria CEO do universo.
Bom... talvez porque estava.
Atravessei o saguão principal da Castiel Group como quem pisa no próprio reino. Mas o peito? O peito era uma guerra. Uma guerra silenciosa. Uma guerra com batimentos acelerados e náuseas pontuais.
— Bom dia, senhora Castiel. — Arthur, o assistente da presidência, apareceu do nada, com um sorriso nervoso e uma prancheta na mão.
— Bom dia. — respondi, sem parar de andar.
— O seu pai já está na sala. O conselho está sendo reunido. E... a imprensa chegou.
— Claro que chegou. — suspirei. — Mande preparar a sala de coletiva. Sem perguntas. Hoje, só discurso.
— Entendido.
Quando cheguei ao elevador executivo, fui r