Selene Castiel
Acordei com o calor. Um calor que não vinha do lençol nem do quarto. Era o corpo dele. Pressionado nas minhas costas, braços me envolvendo num abraço frouxo que dizia tudo o que a gente nunca falou em voz alta. A respiração dele batia no meu pescoço. Quente. Ritmada. E, ali, encaixada entre os braços de Caius, eu senti.
Ele estava duro. E não era pouca coisa.
O instinto foi congelar. Fingir que não percebi. Fingir que não sentia meu corpo inteiro respondendo como se aquilo fosse natural. Mas eu não sou mulher de fingimento. E meu corpo nunca mentiu pra mim.
Coloquei mais um centímetro entre nós. Ou melhor, tirei. A pele dele se arrepiou no toque. E ele... acordou.
— Selene... — a voz saiu rouca. Dormida. Tensa.
Senti o peito dele expandir nas minhas costas. O braço apertar um pouco mais. Ele percebeu. E não recuou. Me virei devagar, de frente pra ele. Aquela expressão sonolenta e... faminta. A camisa dele amassada. Os olhos baixos, presos na minha boca por mais de um se