— Eu não permito que você se refira a ela dessa maneira! — Hugo tremia, tentando permanecer calmo.
Clara tentou manter a compostura, mas por dentro algo se rompia. Cada elogio de Hugo a ela era como um punhal ferindo sua carne, afiando ainda mais o ódio que fervia em seu peito.Ele falava como se ela fosse uma santa, alguém acima de Clara em alguma coisa. Mas não ia dar o gostinho de se mostrar vulnerável. Não agora.Ela sorriu, um sorriso mal esboçado que mais parecia uma careta de desgosto. Sentou-se na cadeira de Hugo como se já fosse sua, com a postura de quem dominava a sala.— Você a elogia agora, Hugo? — A voz dela era gelada, sarcástica. — Preciso me lembrar dessa sua sinceridade... não acho que ela tenha algum atributo. Aliás, ela não passa de um nada, mas não vim aqui para brigar.Ele a observou, sem uma palavra. Ela