Jéssica caminhava para a sala de atendimentos, ainda um pouco atordoada com o que acabara de acontecer. Assim que se acomodou, um buquê de flores foi entregue, acompanhado de um cartão discreto. Ao ler a mensagem, franziu a testa com desgosto: “Me ligue, precisamos conversar. — Leonardo.”
Ela não respondeu de imediato, o descaramento daquela frase pairando no ar como uma provocação. Estava em um turbilhão de sentimentos, mas não tinha qualquer intenção de ceder à pressão emocional de Leonardo.
— Esse idiota acha mesmo que vou me rastejar atrás dele? — murmurou. — É muita cara de pau.
Ia jogar as flores fora, mas hesitou. As flores eram belas. Inocentes até.
— Glória, coloca lá na sala de descanso de vocês.
— Que lindas, doutora! A senhora não vai lev