Jéssica entrou com o coração ainda disparado. Estava mesmo disposta a beijar Hugo. Esquecer, nos lábios dele, todo o desarranjo que estava vivendo.
Assim que passou pela portaria, recebeu um aviso da secretária do RH pedindo que ela subisse direto para a sala da gerência. Arqueou as sobrancelhas, surpresa.
"Será que fiz algo errado?", pensou, o coração acelerando com a velha ansiedade. Estava farta de más notícias.
Mas não era bronca. Era convite.
— Doutora Jéssica, gostaríamos de conversar sobre o seu futuro por aqui — disse a coordenadora de residência com um sorriso profissional, mas gentil. — Estamos muito satisfeitos com seu desempenho. O hospital tem planos de ampliar o atendimento ambulatorial, e acreditamos que você poderia liderar uma das áreas.
Jéssica piscou, sem entender.
— Liderar… como assim?
— Você poderá montar seu próprio consultório dentro da ala de especialidades. Terá autonomia para organizar a agenda, as linhas de