Mundo de ficçãoIniciar sessão
Vanessa OliveiraQuerida leitora, Jéssica ficou pistola com o Hugo. O que você faria no lugar dela? Adicione o perfil de autora e o livro na sua biblioteca para ser a primeira a saber das novidades.
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Mudança de caminhos
Hugo tentava entender o que a deixou tão nervosa. Segurava Jéssica, incapaz de permitir que ela se afastasse.— O que foi? Por que ficou brava? — perguntou, após uma tentativa fracassada de um novo beijo.— O que foi? Você tá brincando comigo? Que merda está fazendo? — Jéssica estava furiosa. Lutava para sair do aperto dele, mas parecia que Hugo tinha braços de polvo, segurando-a toda vez que ela se soltava.— Jéssica, para com isso. Fala comigo! — Ele persistia na necessidade de tê-la por perto, sob seu controle.— Hugo, você está fazendo isso porque acha que eu vou abandonar as crianças? — Ela parou de resistir e fixou o olhar naqueles olhos cor de amêndoa, buscando extrair a verdade.Ele afrouxou o aperto por um instante. Não podia acreditar que ela estava levando as coisas por esse lado. Tudo o que mais queria a muito tempo era tê-la assim sem seus braços, sendo sua. Não podia deixar Jéssica entender tudo errado. — Claro que não! Eu... eu... — Hugo buscava as palavras para se expl
E agora?
No dia seguinte, Hugo acordou com a cama vazia. O cheiro de Jéssica estava impregnado em seu travesseiro. A cabeça estava muito pesada e o corpo, lento. Seja o que for que ela lhe deu, deixou uma sensação muito ruim.Olhou para a mesa de cabeceira e viu um bilhete:Nada de ir para o escritório hoje. Descanse.Um recado sucinto. Sem beijos, sem emoção. Ele respirou fundo e pegou o travesseiro para sentir o cheiro dela.— Jéssica, como vou te fazer entender? — Ele questionou, falando para o travesseiro e para a cama vazia.Pensava no quanto ela estaria brava naquele momento.Deveria ligar para tentar se explicar novamente?“E você vai dizer o que para ela? Vai conseguir falar sem travar, igual a um inútil?”A voz em seu interior estava especialmente severa naquele dia.Hugo se arrastou até o banheiro com dificu
Planos duvidosos
Marcelo estava radiante. Seu plano, elaborado com Nicole, parecia perfeito. Fingiriam ser um casal para justificar sua presença na casa de Jéssica e Hugo, facilitando sua aceitação como parte daquele ecossistema. Ele gesticulava animadamente, explicando para Jéssica como isso funcionaria bem.— Vai ser incrível! — Ele sorriu, empolgado. — Se nos apresentarmos como um casal, ficaremos muito mais próximos. As crianças não vão se afetar, será mais fácil para elas se acostumarem conosco.Jéssica mal ouvia Marcelo. Sua mente ainda girava em torno da conversa anterior, quando descobriu que Hugo acreditava que Jonathan era gay. Isso mudava tudo. Ela começava a repensar sua relação com Marcelo, a forma como ele havia conduzido certas situações, o que realmente esperava dela. Tudo parecia diferente agora.E ela não conseguia evitar a sensação de que tinha muito pouco para oferecer a ele, já que não sentia nenhuma culpa por ter se agarrado com Hugo na noite anterior.— Jéssica? — Marcelo franziu
Invasão
Hugo estava inquieto. A conversa com Alexandre ainda martelava em sua mente. Ele tentava entender por que travou com Jéssica, por que não conseguiu agir de forma natural ao vê-la com Marcelo. Mas, quanto mais tentava encontrar respostas, mais sua mente o arrastava para o passado.Lembranças de Clara surgiam como flashes desconexos: o jeito que ela ria, como manipulava tudo ao redor, a forma como ele sempre se sentiu preso dentro do relacionamento. Tudo tinha que ser exatamente como ela queria.Era uma prisão que ele nunca percebeu e, quando notou, já estava completamente imobilizado, temendo que qualquer atitude sua pudesse prejudicar o bem-estar da casa.Teria Jéssica resgatado essa parte dele que ainda estava quebrada? Ele queria acreditar que estava pronto para algo novo, mas talvez ainda estivesse preso às amarras do passado.— Finalmente estamos fazendo algum progresso? — A voz &aacut
Visitas indesejadas
Marcelo conseguiu ser a estrela da noite. Com seu jeito extrovertido e falas bem ensaiadas, conquistou a atenção das crianças com facilidade.Caio e Breno se mostraram um pouco mais resistentes no início, mas, aos poucos, foram cedendo às brincadeiras. Maria, no entanto, manteve uma postura mais reservada, observando tudo com um olhar analítico, como se tentasse decifrar as intenções do convidado. Ela não era ingênua e já tinha aprendido a prestar atenção em detalhes que passavam despercebidos pelos irmãos. Havia algo em Marcelo que não parecia completamente genuíno. A forma como ele falava, como tentava agradar, como parecia forçar simpatia sem que houvesse uma conexão real.Enquanto interagia com as crianças, Marcelo não deixava transparecer o impacto que o luxo da casa causava nele. Foi a primeira vez que reparou no carro que J&e
Ultrapassando limites
Os dias se passavam, e Marcelo e Nicole mantinham sua estratégia de se aproximar das crianças.Eles planejavam passeios, jantares e festas, onde se esforçavam para serem amigáveis, sempre com gestos calculados para ganhar a confiança dos pequenos.Qualquer observador desatento veria tios carinhosos e bem-intencionados, mas Jéssica e Hugo, com o tempo, passaram a enxergar essa insistência com desconfiança.Hugo foi o primeiro a demonstrar incômodo. Não apenas pela presença constante de Marcelo e Nicole, mas pelo modo como eles pareciam forçar uma conexão que não existia.Mesmo quando tinha momentos a sós com Nicole, já não sentia desejo por ela, tornando os momentos de intimidade inexistentes.As crianças também notaram. Começaram a fazer perguntas:— Por que esses tios aparecem tanto? Eles são
Tentativas
Marcelo e Nicole estavam frustrados. Todo o esforço para conquistar espaço dentro do ecossistema parecia ter sido desperdiçado.Depois do incidente de levar as crianças sem avisar, Hugo e Jéssica estavam irredutíveis, tornando-se ainda mais protetores.Mesmo os momentos a sós ficaram escassos. Jéssica cortou completamente a influência que Marcelo tinha sobre sua rotina no hospital, chegando a contratar uma secretária particular para tratar de seus assuntos pessoais.— Estava me perguntando até quando você ia deixar esse homem mandar nas suas coisas assim. — Jonathan comentou ao saber da decisão dela.Era um tratamento de choque, merecido, mas exagerado. Afastados, sem conseguir contato frequente, os dois precisavam de uma estratégia para se reaproximar.Foi então que Nicole teve uma ideia:— O
Repensando
Maria começou a reclamar de dores na barriga no final da tarde. A princípio, Hugo e Jéssica acharam que era apenas um incômodo passageiro, mas quando a menina ficou pálida e começou a suar frio, o alarme soou em suas mentes.Jéssica imediatamente pegou o termômetro, enquanto Célia preparava um chá para acalmar o estômago da menina. No entanto, as dores aumentaram mesmo com o chá. Maria começou a chorar baixinho, encolhendo-se na cama.O instinto de Jéssica foi imediato. Sem hesitar, levou a menina até Mariana para uma consulta. Hugo ficou com os meninos, que se mostraram muito preocupados com a irmã.— Tia Mari, tá doendo muito — disse a menina entre soluços, segurando a barriga com força.— Calma, tia Mari vai examinar. Mas relaxa um pouquinho. Deixa eu ver essa barriguinha?Mariana, cuidadosamente, in
Último capítulo