P.D.V de Kaiden
Eu sentia a ligação que havia entre nós. Já tinha compreendido que, no grande ciclo de renascimento, nossas deusas Selene e Hécate intervieram no fim daquele mundo, preservando espécies e fragmentos do equilíbrio. Kayla carregava a essência da Vida, herança de sua linhagem feérica por meio de Yen. Eu, por minha vez, era a essência da Destruição — não a corrompida, mas a parte boa, o equilíbrio que fora salvo pela deusa.
E diante de nós estava ele: a parte corrompida. Mas, por trás de todo aquele ódio, eu sentia algo maior. Havia amor ali, um amor distorcido, ferido, mas ainda amor. Ele a reconheceu. Reconheceu Kayla como parte de sua mãe — aquela que tentou tanto protegê-lo que acabou por prendê-lo em um mundo criado por suas próprias mãos. Essa foi a manifestação do Dom da Vida de Yen: criar um refúgio para seu filho com Ian. O amor, percebi então, é mesmo algo incrível — capaz de moldar até realidades inteiras.
E ali estava ela, minha Kayla, minha Luna. Estendendo