P.D.V de Kayla
A energia diante de mim crescia em proporções que desafiavam qualquer entendimento. Primeiro parecia uma estrela recém-nascida, um núcleo luminoso comprimido, mas logo percebi que não era apenas luz — era matéria em formação.
Ela se alimentava de tudo ao redor: da força que fluía do meu ventre, do filhote em meus braços, de mim mesma, de Astéria. Até as pedras lunares na caverna, uma a uma, se apagavam ao terem sua energia drenada, como se estivéssemos sustentando um campo energético contínuo.
Imagens surgiam em minha mente como explicações. O que eu via lembrava o processo de acreção planetária: partículas de energia condensada colidiam, fundiam-se e formavam massas cada vez maiores, atraídas pelo centro. O núcleo tornava-se mais denso, gerando calor e pressão, mas não buscava apenas brilhar como uma estrela — queria estruturar-se, solidificar-se, gerar um novo mundo.
O espaço ao redor se distorcia, como se um campo gravitacional estivesse sendo tecido em tempo rea