O som da porta se abrindo e o cheiro de café fresco invadindo o quarto foram os primeiros sinais de que o dia já começara.
Amara abriu os olhos devagar, o corpo ainda pesado pelo sono, mas a mente já alerta — e irritada. Ela não estava sozinha.
Virou-se na cama e encontrou Dante sentado na poltrona próxima à janela, com uma xícara de café na mão e o olhar cinza cravado nela.
Ele já estava acordado há algum tempo, observando-a. Como fazia ultimamente.
— Está me vigiando ou tá esperando eu fraquejar durante o sono? — perguntou, a voz rouca da manhã.
Dante ergueu uma sobrancelha, tomando um gole do café.
— Só estou apreciando o momento raro em que você não tá me xingando — respondeu, debochado, mas o olhar percorrendo cada centímetro do corpo dela jogado nos lençóis.
Amara sentou-se devagar, os cabelos em ondas bagunçadas sobre os ombros, a camisola fina revelando mais do que gostaria. Mas fingiu indiferença.
— Vai ser assim todo dia? — questionou, os olhos presos nele. — Esse j