“Luana Sartori”
“Benício?”
Ele não respondeu de imediato. Seu olhar perdido no horizonte parecia carregar o peso do mundo. A luz prateada da lua realçava as linhas do seu rosto, tornando-o ainda mais hipnotizante. Ele parecia uma estátua grega, esculpida à perfeição, um deus caído que encontrava refúgio na solidão do mar. As costas largas e musculosas brilhavam sob o luar, a pele morena reluzia com o reflexo prateado da água.
Meu coração apertou. Ele estava ali, mas sua mente vagava longe. Eu queria ser capaz de alcançá-lo, de arrancá-lo do turbilhão que o prendia. O desejo de tocá-lo era tão forte quanto a ânsia de entender o que se passava em sua alma.
“Posso ser eu mesmo com você, Luana?” A voz dele saiu rouca, carregada de algo que eu não conseguia definir. “Você não vai ter medo de mim?”
Aquelas palavras soaram como um sussurro carregado de segredos, de dor e de uma sombra que parecia persegui-lo.
“Eu nunca tive medo de você,” respondi, e minha mão, quase por instinto,