Num instante sentia que não estava em nenhum lugar e sim presa dentro de mim mesma, no outro, como um estalar de dedos, estava novamente no quarto, rodeada pelo silêncio.
Um longo e perturbador silêncio.
Meus olhos vagam pelo quarto mal iluminado, demoro para perceber Elena ainda deitada nessa cama, agora dando algum sinal de vidas. Ela ainda não estava morta.
Continuo em pé na frente da cama, ciente que não poderia interferir e que estava ali para assistir. E somente isso.
Elena se mexe na cama e geme de dor com o movimento. Seu corpo não voltou a ficar inertil, pelo contrário, ela continuou se mexendo, até conseguir rolar de lado e se sentar. Um gemido um pouco mais alto escapa de seus lábios e com dificuldade, liga o abajur ao lado.
Sua respiração estava entre cortada, era como se a dor que estava sentindo, impedisse que respirasse normalmente. Ela olha para seus braços, notando ali manchas roxas profundas, espalhadas pela ext