Violeta
Ítalo me levou com firmeza pela mão até o banheiro luxuoso, assim como toda casa Lombardi. Cada passo que dávamos era como adentrar um mundo ao qual eu conhecia, mas ao mesmo tempo parecia distante.
Eu me senti um tanto deslocada, uma simples empregada no meio daquele luxo, mesmo que à dois anos atrás isso fosse ao contrário.
Foi só depois que eu olhei o dedo que percebi a urgência de Ítalo. O pequeno ferimento parecia insignificante, mas o sangue escorrendo era o suficiente para deixá-lo preocupado. Ele me guiou até o mármore impecável da pia e, com uma expressão séria, começou a cuidar do corte.
A sua delicadeza e cuidado me surpreenderam. Ele lavou o dedo delicadamente com água morna, a sua mão firme segurando a minha. O cheiro que emanava de Ítalo, uma mistura de madeira e menta, pós banho.
A minha respiração ficou presa enquanto Ítalo aplicava um curativo no corte, sua expressão concentrada. O toque firme e gentil da suas mãos era confiantes, mas ao mesmo te