Mundo de ficçãoIniciar sessãoClara Vasconcelos
A porta ainda estava aberta atrás dela quando Emma avançou dois passos para dentro do meu quarto. Dois passos apenas… e toda a luz que ainda restava em mim se apagou. Era como se o ar tivesse sido sugado do ambiente. O som seco dos saltos contra o piso soou como um veredito antecipado, uma sentença que eu já conhecia muito bem.
A leveza que Elena tinha colocado dentro do meu peito… desapareceu como vapor diante de uma tempestade.
Emma sempre teve esse efeito sobre mim.
O olhar dela percorreu meu corpo devagar. Tão devagar que parecia uma lâmina afiada riscando minha pele. Era avaliador, calculado, impregnado de uma crítica silenciosa e cruel, aquele tipo de crítica que não prec







