Auren acordou no fim da tarde do segundo dia, quando o sol já se escondia por trás das colinas.

O quarto estava silencioso, e o cheiro de antisséptico havia sido substituído por algo mais natural — o perfume de Céline.

Ela estava sentada próxima à janela, observando o entardecer, enquanto as sombras alongadas dançavam pelo chão.

Ele se moveu devagar, os músculos ainda tensos da recente transformação. O corpo se recuperara rápido — Fenrir havia cumprido seu propósito —, mas a mente... essa continuava marcada.

Havia lembranças borradas, flashes de poder e dor, da voz de Fenrir rugindo dentro dele como um trovão distante.

Céline se virou ao ouvir o movimento.

— Finalmente. — disse, aliviada, levantando-se. — Achei que fosse dormir por mais um dia.

Auren abriu um leve sorriso.

— Dormir seria mais fácil do que enfrentar o que vem agora.

Ela se aproximou, tocando-lhe o rosto com s