Dois dias haviam se passado desde que Auren declarara as novas regras.

O castelo, antes pulsante com ordens e rotinas rígidas, parecia agora preso em uma transição silenciosa — como se cada parede estivesse escutando, tentando entender o que realmente havia mudado.

As mulheres circulavam pelos corredores em grupos pequenos, conversando em sussurros. Algumas pareciam aliviadas, outras, perdidas.

A liberdade, embora desejada, vinha acompanhada de medo — medo do desconhecido, de viver longe da proteção e do poder de Auren.

Céline observava tudo de um dos terraços do segundo andar.

O vento trazia o cheiro da chuva recente, misturado ao perfume das árvores que cercavam o castelo.

Lá embaixo, o pátio estava movimentado: os guerreiros treinavam, os médicos organizavam suprimentos, e algumas das mulheres assistiam de longe, como se o cotidiano tentasse se reerguer após o caos.

Mas nada estava igual.