O som contínuo das máquinas enchia o quarto — um compasso estável, frio, quase reconfortante. Céline não sabia quanto tempo havia passado desde que haviam chegado ao castelo. O relógio marcava o avançar das horas, mas ali dentro o tempo parecia suspenso, preso à respiração irregular de Auren.
O ar tinha o cheiro metálico de sangue misturado a antisséptico. As luzes brancas refletiam na pele pálida dele, destacando as veias escuras que corriam sob a superfície. Por mais que o corpo repousasse, havia algo inquieto, latente, prestes a emergir.
Céline se manteve ao lado da cama, as mãos entrelaçadas, os olhos fixos no monitor. O gráfico mostrava batimentos acelerados, depois lentos, depois outra vez rápidos — como se duas forças lutassem dentro dele pelo mesmo ritmo.
— Isso não é normal… — murmurou ela.
Riven, que analisava os dados, assentiu em silêncio, o cenho franzido.
— Fenrir está reagindo. Ele está tentando assumir o controle.
— Mas por quê? — Céline perguntou, a voz tensa. — Ele j