EROS
Fazemos o resto do caminho em silêncio.
Ao chegar no hotel, meu pai vai até Cristian.
— Quero você na minha sala — fala, e vejo Cristian engolir em seco.
Eu os sigo. Não posso deixar o homem pagar pelo meu erro.
— O que faz aqui? — meu pai pergunta, ao me ver entrar na sala.
— Sei que o assunto é sobre mim, então quero estar presente.
— Como quiser — meu pai fala, indiferente.
Ele senta em sua cadeira.
— Cristian, recebi de um dos acionistas uma imagem das câmeras de segurança que mostra Eros e uma mulher em momentos íntimos no nosso elevador. Por que essas imagens vieram até mim pelo acionista e não por você?
— Senhor... — antes que Cristian possa se explicar, eu o interrompo.
— Hoje de manhã, ele estava me dando um sermão e disse que iria te contar. Pedi apenas que ele deixasse para fazer isso quando nós voltássemos da casa da filha da Paola — minto, mas é por uma boa causa.
Meu pai fica em silêncio, parece ponderar. Tenho receio de que ele pergunte ao Cristian, e o homem