146. COMO LEÕES FERIDOS
É tanta a raiva, a impotência, a fúria e a dor que Marlon experimenta que é quase um rosnado ameaçador o que sai da sua boca, com uma promessa de vingança:
—Juro por Deus que encontrarei o responsável. Aquela maldita terra vai pagar por isto. Juro-o pelo sangue do meu irmão! Que rezem para que nada aconteça ao Ari, porque nem o inferno será um lugar agradável para eles.
—Marlon! —exclamam Aurora e a sua esposa Marcia.
A explosão de Marlon abala todos como uma onda expansiva. O homem de gelo, o que sempre mantém a compostura, agora está irreconhecível, com as feições desfiguradas por uma fúria primitiva e os olhos injetados de sangue. O peso do fracasso esmaga-o, destruindo a promessa que fez anos atrás de nunca mais permitir que magoassem o seu irmão mais novo.
Ao lado, Ismael é uma tempestade co