A festa ainda estava viva dentro de mim quando, já de madrugada, começamos a nos preparar para partir. As malas estavam prontas, os meninos riam sem parar e Marlene cuidava de cada detalhe como se fosse a guardiã de todos nós.
Olhei para Andréia. Ela tinha trocado o vestido por algo simples e confortável, mas o brilho no olhar dela era o mesmo de quando disse “sim” diante de todos. Radiante. Linda. Minha esposa.
Enquanto ajeitava os cabelos, ela me encarou com aquele sorriso curioso que eu já conhecia.
— Não vai me contar ainda para onde vamos?
Balancei a cabeça, segurando o riso.
Surpresa, minha esposa.
A palavra soou doce em minha boca. “Minha esposa.” Como se, ao dizer, eu precisasse me convencer de que aquilo era real. Ela apertou Lorenzo no colo, enquanto Henrique correu até mim e segurou minha mão, orgulhoso de me chamar de pai.
Marlene fechou a última mala e suspirou emocionada.
— Eu não poderia estar mais feliz por vocês. Esse recomeço é tudo o que a Andréia merece.
Passei o