Talvez eu estivesse sendo injusta, mas no fundo acreditava que, se ela tivesse estado ao lado dele como sua companheira — como a mulher que ele amava —, teria percebido que algo não estava bem. Teria notado os sinais. E talvez… talvez tudo não tivesse chegado a esse ponto.
— Princesa, você precisa se acalmar. Isso não vai fazer bem nem para você, nem para a bebê que está carregando — argumentou Théo, tentando me acalmar.
— Tudo isso é culpa dessa desgraçada. O egoísmo dela foi tão grande que ela deixou meu irmão sozinho, Théo — falei, exaltada.
— Tudo isso é culpa minha mesmo? Tudo chegou a esse ponto por culpa dele! — gritou ela de volta. — Eu disse que não estava preparada para essa criança, e ainda assim ele a escolheu. E você o apoiou! Então, se há algum culpado nisso tudo, foi ele... e você — concluiu, com algumas lágrimas escorrendo pelo rosto.
— Vocês duas, por favor, se acalmem. Estamos em um hospital. Essa discussão não vai levar ninguém a lugar nenhum, e muito menos trará o