Théo me acompanhou até o quarto e, em seguida, até o banheiro. Eu não estava com fome e até tentei argumentar, mas nem ele nem Duda permitiram que eu me deitasse sem comer algo antes. No fundo, eu sabia que estavam certos. Precisava cuidar de mim — e, principalmente, daquela vidinha que crescia dentro de mim.
Assim que saí do quarto, fui surpreendida pela presença dos meus pais. O abatimento no rosto da minha mãe era visível. Eu sabia que não estava sendo fácil para o meu pai também, mas ele se manteria forte — por ela.
— Amanda, viemos porque precisamos conversar sobre essa criança. Sei que o momento não é o ideal, mas quanto mais rápido resolvermos isso, menor será o trauma — disse minha mãe.
Fiquei sem entender o que ela queria dizer.
— A Lara entrou em contato com o advogado para cancelar todo o procedimento relacionado ao bebê e entregar a criança para adoção — explicou meu pai.
— Como assim? Ela fez isso? Meu irmão acabou de falecer, e ela já quer se livrar da filha deles também