Enquanto eu preenchia alguns documentos para a sala de cirurgia, a enfermeira-chefe entrou na minha sala.
— Doutora, temos um problema. A família do paciente informou que devemos esperar pelo cardiologista dele, que só chegará daqui a trinta minutos.
— A família quer que o paciente sobreviva? — perguntei, levantando-me da mesa para falar diretamente com eles.
Ao chegar à sala de espera, a enfermeira me indicou um casal de senhores, informando que eram os pais do paciente. Eles pareciam apreensivos e nervosos. A senhora segurava um terço nas mãos, enquanto o senhor a abraçava, como se quisesse transmitir conforto.
— Com licença, boa tarde! Sou a Dra. Amanda Bernardes, cardiologista. Prestei os primeiros socorros ao seu filho e precisamos da autorização para encaminhá-lo para a sala cirúrgica imediatamente.
— Doutora, o médico dele já entrou em contato e informou que estará aqui em trinta minutos.
— Sinto informar que seu filho não tem como esperar. Se ele não for levado para a sala de