Maria
No dia seguinte, Maria decidiu que iria à fazenda. Miguel apareceu na pousada com sua caminhonete, e Maria, com Clara nos braços e sua bagagem, subiu ao veículo.
— Está pronta? — perguntou Miguel, olhando pelo retrovisor.
Maria apenas assentiu, o coração apertado de ansiedade.
A viagem até a fazenda Santo Antônio levou pouco mais de uma hora. O caminho era ladeado por colinas verdes, plantações que pareciam não ter fim e riachos brilhando sob o sol da manhã. Quando chegaram, Maria viu a casa principal: uma construção simples, mas robusta, cercada por um jardim bem cuidado. Nos arredores, havia galpões, cercados de arame e um grande pasto onde algumas vacas pastavam.
O senhor Alfredo as recebeu na varanda, um homem robusto, com cabelos grisalhos e um olhar cansado, mas firme.
— Você deve ser a Maria — disse ele, estendendo a mão calejada.
— Sim, senhor — respondeu ela, tentando esconder o nervosismo.
— Miguel falou muito bem de você. E essa é a sua pequena?
Maria segurou