Maria
Na manhã seguinte, Maria foi surpreendida por uma batida na porta do quarto. Quando abriu, encontrou Miguel com um sorriso discreto e um envelope em mãos. Clara estava acordada, balbuciando no berço, e Maria, embora ainda desconfiada, fez um gesto para que ele entrasse.
— Bom dia — disse ele, colocando o chapéu de palha que carregava debaixo do braço. — Espero não estar incomodando.
Maria, com Clara no colo, respondeu educadamente:
— Não, claro que não. Está tudo bem?
Miguel olhou para Maria por um instante, como se medisse suas palavras antes de continuar.
— Eu soube de algo que pode interessar você. Uma das fazendas da região está precisando de ajuda.
Maria franziu a testa.
— Fazendas?
— Sim. Aqui na região, a maioria das famílias vive disso. Plantações, gado... A fazenda que mencionei é uma das maiores, e o dono está precisando de uma pessoa para trabalhar na casa.
Maria se recostou na cadeira do quarto, ponderando. Não sabia muito sobre a vida rural, mas a ideia de um empre