O sol ainda nem havia nascido quando Luna sentiu a primeira contração.
Não foi abrupta. Não foi violenta. Foi um aperto quente no ventre, uma onda serena e profunda, era seu próprio corpo dizendo que havia chegado o momento.
Ela estava na varanda, enrolada na manta que Jacob havia deixado sobre seus ombros antes de ir preparar o café. A xícara ainda fumegava ao lado e o céu começava a se tingir de um azul tímido, quase transparente.
Quando a segunda contração veio, ela pousou a mão na barriga.
— Está pronto, meu amor? Venha quando quiser, eu estou pronta para recebê-lo — sussurrou, com um sorriso sereno.
Jacob apareceu no exato momento, com outra caneca de café nas mãos.Uma só olhada nos olhos dela fez com que o mundo girasse mais rápido.
— Amor?
— Ele está chegando — Luna disse com calma.
— Chegando?
— O nosso Benjamim.
Ele largou a caneca na mesinha e ajoelhou diante dela, já com as mãos tremendo.
— Você… tem certeza?
— Absoluta.
***
A maternidade estava envolta em uma luz suave,