Na varanda coberta, envolta pelo cheiro adocicado das flores do jardim e pela brisa morna da noite, Mia estava sentada em uma cadeira de balanço, abanando-se com um guardanapo dobrado de forma desajeitada. Seus olhos brilhavam mais do que o normal, seus ombros estavam tensos, como se algo estivesse prestes a transbordar.
Luna se aproximou em silêncio, ainda com o sorriso da festa no rosto, mas o olhar atento.
— Mia? — chamou com carinho, sentando-se ao lado. — O que foi?
Mia fungou, dramaticamente, apontando para o prato vazio no colo.
— Eu comi três pedaços de bolo… o bebê chutou minha bexiga com tanta força que achei que fosse parir no jardim… eu chorei porque acabou o brigadeiro… e depois chorei de novo vendo o Joshua dançando com a Valentina porque… eles são tão lindos! — disse, antes de desabar num choro risonho, cobrindo o rosto com as mãos.
Luna sorriu da situação da sua mais que cunhada, sua amiga.
— Ainda estou emocionada com a música da Kate! Aquela do bolero remixado… Quem