O sol já se punha quando chegaram à clareira onde as lápides miúdas ficavam alinhadas como dentes quebrados. O dourado morreu devagar entre as copas; sombras longas arrastavam o mundo para um tom de antigo luto. Serena ficou imóvel, parada diante das pedras, o corpo tenso como um arco pronto para disparar.
Jackson olhou para as pequenas lápides, confuso. Eram muitas — discretas, bem cuidadas, silenciosas. O vento trouxe o cheiro do mar, mas ali dentro da clareira havia outro odor que o sentido não sabia nomear: o peso do que não foi permitido viver.
— Serena, o que são essas lápides? — perguntou ele, voz baixa, tentando não quebrar a atmosfera fina que parecia prender a respiração de ambos.
Ela puxou-o para mais perto, segurando o braço dele como se quem segurasse fosse a única âncora possível. A mão dela tremia.
— Eles são meus irmãos... — disse, a voz quase um fio que cortava o ar.
Jackson empalideceu. A informação chegou como um golpe seco, sem aviso. Ela começou a andar ao lado de