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Capítulo 4 - Uma garota antes do casamento

O som da guitarra ecoava alto, vibrando nas tábuas velhas do celeiro. Lanternas penduradas balançavam no ar morno de Riverwood, lançando sombras douradas sobre o povo que dançava e ria, embriagado de música e cerveja barata. O chão tremia sob as botas, o cheiro de fumaça e terra molhada se misturava ao perfume doce do feno.

Jackson Grimwood empurrou as portas de madeira e entrou, sacudindo o chapéu. O barulho familiar das risadas e da banda o envolveu de imediato.

Grant foi o primeiro a notar.

— Olha só quem apareceu! O noivo da temporada! — gritou, levantando o copo.

Charles Bennett, encostado no balcão, riu.

— Isso aí, Grimwood. Última noite de liberdade antes das algemas douradas.

Jackson soltou uma risada curta, pedindo uma dose de uísque.

— Vocês ficaram sabendo então ?

— E quem não ficou sabendo? — provocou Grant, piscando.

Charles girou o copo entre os dedos.

— Já falou com Daiana? Como ela reagiu?

Jackson ergueu uma sobrancelha, coçando a nuca.

— Daiana…?

Grant arregalou os olhos. E riu.

— Não me diga que esqueceu.

O silêncio que se seguiu disse tudo. Jackson deu um meio sorriso culpado.

— Eu… esqueci de falar com ela.

Os dois amigos se entreolharam, incrédulos.

— Esqueceu de falar com a sua namorada que vais é casar com outra amanhã? — Charles perguntou, a voz meio rindo, meio espantada.

— Ela vai entender … — respondeu Jackson, levantando o copo num brinde solitário. — O amor é paciente, né?

Grant balançou a cabeça, sem conter o riso.

— É, mas a Daiana não é.

Foi quando o som mudou.

A banda continuava tocando, mas o ar pareceu parar — como se o próprio celeiro tivesse prendido o fôlego. As conversas se apagaram, e dezenas de olhares se voltaram na mesma direção.

Jackson seguiu o fluxo dos olhares… e viu ela.

Uma mulher atravessava a pista.

Cabelos longos e negros, soltos como sombra viva; um vestido leve que se movia com o ritmo da música; e aqueles olhos — de um azul impossível — que pareciam guardar histórias que ninguém ousaria perguntar.

Ela não parecia de Riverwood.

Não parecia de lugar algum que ele conhecesse.

Homens pararam de falar. Mulheres suspiraram baixinho.

O ar se encheu de algo que não era apenas curiosidade — era fascínio.

Jackson ficou imóvel, observando-a dançar.

Não era apenas a beleza: era a presença.

Serena Blackwolf não entrou no celeiro.

Ela invadiu o espaço e o tornou dela.

Quando ela girou, os cabelos voando no ar e o sorriso tocando o canto dos lábios, os olhos dela encontraram os dele — e, por um instante, o mundo inteiro se apagou.

A música, o riso, o calor — tudo desapareceu.

Só restaram dois olhares se reconhecendo, como se já se procurassem há muito tempo.

Ela sorriu de leve, aquele sorriso de quem sabe o efeito que causa.

E ele… esqueceu completamente de Daiana.

A mestiça exótica o fez esquecer tudo. Mas não era apenas a beleza: eram os olhos azuis eletrizantes que capturaram Jackson de imediato. Profundos, hipnotizantes, quase cortantes, eles fizeram o mundo desaparecer. O som do bar se apagou, o riso dos amigos se tornou distante, e tudo que restou foi ela. O perfume dela — mistura de notas doces e terrosas — invadiu suas narinas, deixando-o tonto e arrepiado. Cada curva do corpo dela parecia hipnotizar, cada movimento dos quadris carregava desafio e ousadia.

Para a supresa dele, ela foi caminhou até ele.

— Oi Cowboy, vamos dançar ? – ela falou com ele.

Quando ela pegou o chapéu de cowboy da cabeça dele e o colocou sobre os próprios cabelos, um riso baixo e provocador escapou de seus lábios.

— Acho que fica melhor em mim — disse, os olhos azuis brilhando sob a luz das lanternas.

O salão inteiro explodiu em risadas, assobios e gritos de incentivo.

Ela subiu no touro mecânico como quem nasce para isso. O corpo dela se inclinava e girava em sintonia perfeita com a máquina, provocando aplausos, assobios e gritos. Jackson mal conseguia desviar os olhos: adrenalina e desejo se misturavam de forma quase dolorosa. Quando ela finalmente desceu, sorrindo vitoriosa, ele sentiu uma faísca no peito — fascínio, desejo, respeito — tudo ao mesmo tempo.

— E então? — provocou, arqueando a sobrancelha. — Acha que consegue me vencer, cowboy?

Ele levantou as mãos em rendição, rindo com a voz rouca:

— Eu nem tentaria, linda.

Ela riu, a risada dela baixa e envolvente, e o puxou para dançar. O toque dela na pele dele era quente, quase queimando, e arrepios percorriam toda a sua espinha. Cada passo, cada giro, cada movimento dos quadris dela provocava uma reação automática: o corpo de Jackson se inclinava, respondia, seguia. Os olhos azuis dela não o deixavam pensar; cada instante era hipnotizante.

"Pode ser o álcool, pode ser a adrenalina... mas essa mulher acabou de roubar meu coração."

Quando a música terminou, Jackson tomou a decisão sem hesitar.

— Vamos sair daqui.

Ela sorriu, cúmplice e sedutora. Seus olhos azuis encontraram os dele, confirmando tudo sem uma palavra.

A caminhonete subiu o morro, cortando a escuridão do campo. O vento fresco trazia cheiro de terra molhada, pasto e gado distante. O topo estava iluminado pela lua cheia, a cidade brilhando lá embaixo, distante e indiferente. A grande árvore ancestral se erguia imponente, tronco grosso e galhos retorcidos formando um abraço silencioso sobre o campo. Jackson sentiu o coração disparar, a mente girando, cada sentido alertado.

Ela se aproximou e sentou-se em seu colo, envolvendo-o com as pernas. O corpo dela encaixou-se ao dele perfeitamente. O perfume dela misturado à brisa fresca era intoxicante. O primeiro beijo veio urgente, profundo, queimando, roubando fôlego, cada movimento dela provocando ondas de calor, desejo e êxtase. Jackson sentiu cada curva, cada respiração, cada toque, cada estremecimento dela como se fossem correntes elétricas percorrendo seu corpo.

Jackson abriu a parte de trás da picape e estendeu um lençol. Serena observava tudo ao redor, encantada: a brisa balançando os galhos, o cheiro fresco do campo, o brilho distante da cidade e a sensação de estar acima de tudo, isolados do mundo.

— É lindo... — disse ela, a voz suave, cheia de encantamento.

O sorriso dela atravessou o coração de Jackson como um raio. Ele suspirou:

"Não é justo eu conhecer alguém tão extraordinária agora. Onde você estava a minha vida toda?"

Ela se aproximou e, sem pedir permissão, sentou-se no colo dele, envolvendo-o com as pernas. O corpo dela encaixou-se ao dele com perfeição. O perfume dela, misturado à brisa fresca, o deixava tonto.

O primeiro beijo não foi uma pergunta, foi uma afirmação. Urgente, profundo, queimando como fogo, roubando-lhe o ar e a razão. Cada movimento dos lábios dela provocava ondas de calor que subiam de seu estômago à sua cabeça, um êxtase puro e cru. Jackson sentiu cada curva do corpo dela contra o seu, cada respiração ofegante, cada toque como se fossem correntes elétricas percorrendo seu corpo.

Um hábito antigo, quase um reflexo, fez suas mãos hesitarem, pairando sobre os quadris dela como se pedissem permissão. Serena quebrou o beijo por um instante, seus olhos azuis faiscando com divertida impaciência no escuro. Ela pegou suas mãos grandes e ásperas de cowboy, e com uma firmeza que não admitia negativa, colocou-as diretamente sobre as nádegas arredondadas, pressionando-as contra sua pele.

Um sorriso sensual e desafiador curvou seus lábios antes que ela recapturasse os dele em outro beijo ainda mais intenso.

— Não se contenha, cowboy... — ela sussurrou contra sua boca, os lábios ainda grudados nos dele, a voz um comando gutural e quente que vibrou em seus ossos.

Era tudo a permissão—não, a ordem—que ele precisava. Com um gemido rouco de rendição total, Jackson cedeu. Suas mãos, agora liberadas, apertaram-na com uma posse faminta, explorando a curva de suas costas, a suave depressão de sua cintura, puxando-a ainda mais contra ele, fundindo-os no centro daquele universo particular que eles haviam criado sob as estrelas. A última réstia de controle se desfez, e ele se deixou levar pela maré selvagem que era ela.

Quando o último obstáculo de tecido desapareceu, Jackson parou, seu fôlego preso não pelo ar, mas pela visão diante dele. Ela estava ajoelhada sobre seus quadris, totalmente nua sob a lua cheia. A luz prateada banhava cada curva, cada contorno de seu corpo, fazendo sua pele suave brilhar como se fosse feita da própria luz das estrelas. Era uma imagem de uma beleza crua e primordial, tão intensa que ele sabia, com uma certeza que vinha das profundezas de sua alma, que mesmo se estivesse intoxicado além de qualquer medida, aquele instante estaria para sempre queimado em sua memória. Era impossível de ser esquecido.

Serena não esperou por sua reverência. Sua urgência era um fogo igual ao dele. Com um olhar que misturava desafio e desejo puro, ela se moveu para frente. Sua mão desceu, fechando-se com firmeza, mas não com aspereza, em torno do membro dele, já tão duro e pulsante que latejava com a força de seu coração. O toque inesperado fez Jackson arfar, um suspiro rouco e surpreso que cortou o silêncio da noite. Era uma posse ousada, e a ousadia dela o incendiou ainda mais.

Guiando-o com uma certeza que deixou sua mente em branco, ela o posicionou na entrada quente e incrivelmente úmida dela. Ele sentiu a pulsação frenética da intimidade dela contra a cabeça de seu membro, um convito irresistível. E então, com um movimento fluido e decisivo de seus quadris, ela o deixou escorregar para dentro.

A sensação foi tão avassaladora que um gemido alto e gutural escapou dos lábios de Jackson, um som que ele mal reconheceu como seu. Era calor, era aperto, era uma conexão tão profunda que doía. E então ela começou a se mover.

Serena rebolava sobre ele, um ritmo lento e hipnótico no início, cada movimento uma exploração deliberada e sensual de como seus corpos se encaixavam. O quadril dela girava, subia e descia com uma graça selvagem que ele nunca tinha testemunhado. Jackson estava completamente à mercê dela, seus quadris tremendo involuntariamente de puro prazer a cada nova profundidade que ela alcançava. Suas mãos agarravam seus quadris, seus dedos se enterrando em sua carne, não para comandar, mas para se agarrar, tentando manter-se ancorado naquele redemoinho de sensações enquanto ela cavalgava as ondas de seu próprio desejo, levando-os ambos a um lugar onde não existia mais nada, apenas aquele êxtase compartilhado sob a luz da lua.

Em meio ao turbilhão de sensações que consumia Jackson – o calor abrasador da pele dela, o ritmo hipnótico de seus quadris, os gemidos roucos que escapavam de ambos –, algo inexplicável cortou o êxtase como uma lâmina.

Por uma fração de segundo, um brilho sobrenatural irrompeu no rosto de Serena. Seus olhos, até então um azul profundo mergulhado na sombra, não refletiram a luz da lua: eles geraram sua própria luz. Dois círculos perfeitos de um âmbar intenso e feral, como os faróis de uma fera na escuridão, cintilaram diante dele. Não havia pupila, apenas uma luminescência vibrante e antiga que parecia ver através dele, além dele.

A visão foi tão chocante, tão visceralmente impossível, que a mente de Jackson vacilou. Isso é real? O pensamento disparou, um clarão de puro pânico e descrença no meio da névoa de prazer. O álcool, a adrenalina, o desejo... seria uma alucinação? Mas pareceu terrivelmente real. O susto foi tão profundo que seu corpo quase parou, congelado no limiar entre o prazer supremo e o terror primordial.

Foi esse mesmo tremor de surpresa, essa entrega final ao inexplicável, que pareceu ser o catalisador. O gemido que escapou de Serena não foi mais totalmente humano; era um som mais grave, um ronco gutural de satisfação que vibrou no peito dele. O espasmo de surpresa dele se fundiu com a contração final e irresistível dela, e o clímax os atingiu não como uma onda, mas como um raio.

Foi simultâneo, avassalador e absoluto. Um único, longo e compartilhado gemido de libertação que pareceu silenciar o próprio campo ao redor. Jackson arqueou as costas, seus dedos se enterrando nos quadris dela enquanto uma corrente elétrica de puro êxtase percorria cada nervo do seu corpo, apagando tudo – a dúvida, o medo, o mundo. Ele estava cego, surdo e mudo para tudo, exceto para a convulsão de prazer que os unia naquele instante eterno.

E quando a onda finalmente começou a recuar, levando consigo a última centelha de sua força, ele desmoronou de volta no lençol, ofegante, com o coração batendo como um tambor frenético em seu peito. A visão dos olhos amarelos já havia se dissipado, substituída pela penumbra normal da noite, mas a marca do inexplicável, do selvagem e do divino, estava forever queimada em sua alma.

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