Luara
O silêncio entre Eros e eu era pesado, carregado de perguntas não ditas e preocupações palpáveis. Meus pensamentos fervilhavam em um turbilhão caótico, uma avalanche de dúvidas que se chocavam umas contra as outras. Quem era, afinal, essa criança misteriosa que Fiona mencionou? Por que ela havia guardado essa informação crucial até agora, preferindo nos manter na ignorância enquanto o tempo passava?
Senti o olhar de Eros sobre mim, uma presença quente e constante ao meu lado, um porto seguro em meio à minha tempestade interna. Virei-me lentamente, e nossos olhos se encontraram, fixos um no outro com uma intensidade que transcendia a simples preocupação. Havia ali uma possessividade silenciosa, quase selvagem, um desejo inconfundível que eu também sentia crescer, pulsando em minhas veias a cada instante que passava ao lado dele.
A proximidade entre nós era mais do que física, era uma atração gravitacional que nos puxava, uma força invisível que nos ligava. Nossos corpos roça