Conde Eros
Se eu ainda possuísse as frágeis engrenagens de um coração humano, neste exato instante ele estaria em frangalhos, pulsando em um ritmo frenético prestes a explodir. E a culpada, a única responsável por este turbilhão de irritação e confusão, era aquela maldita humana, Luara.
Ela estava me enlouquecendo com sua audácia insolente, sua petulância desafiadora, sua teimosa rebeldia e sua insistência exasperante para que eu permitisse a entrada de seu insignificante namoradinho. Essa persistência estava roendo minha paciência milenar, e a única razão pela qual eu ainda não havia posto um fim definitivo em sua existência, era a necessidade das funções de sua mãe.
— Luara... — sussurrei seu nome, a sonoridade estranha em meus lábios.
Algo naquela humana me intrigava profundamente. Ainda não conseguia decifrar o inexplicável evento em que meus poderes simplesmente se recusaram a funcionar. Foi uma experiência bizarra, e confesso, ligeiramente assustadora, sentir-me impotente