“Odiar é fácil. Amar… é a maldição que pode me destruir.” — Fernando Torrenegro
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Ela disse que sonhou comigo. Simples assim. Como se não tivesse ideia do peso que isso carrega.
E eu… congelei.
Um homem como eu não deveria se abalar com palavras. Já ouvi juras, confissões, choros e promessas ao longo da vida. Nada nunca me atingiu. Mas daquela vez… atingiu. Porque, quando Luna disse aquilo, eu vi — ou melhor, senti — a verdade na voz dela. Não era um jogo. Não era uma armadilha. Era puro, ingênuo até. E, diabos, isso me destruiu.
Eu devia ter rido. Devia ter afastado a taça da mesa e encerrado o assunto. Mas fiquei quieto. E esse silêncio foi a minha maior confissão.
O problema é que Luna não precisa de olhos para enxergar. Ela vê em mim o que eu mesmo tento esconder. Ela percebeu a pausa na minha respiração, o peso na minha mão, o silêncio carregado. E agora, sei que ela tem certeza: eu também sonho com ela.
A verdade é que sonho. Não apenas nos instantes roubados da madrugada, mas