Eu estava deitada na cama, olhando para o teto. O silêncio da casa à noite parecia mais pesado do que nunca. A escuridão que invadia os quartos parecia me engolir, e eu me sentia tão pequena sob a pressão de tudo o que acontecia ao meu redor. O medo não era apenas sobre o poder que eu possuía – isso eu sabia que podia controlar. O verdadeiro medo era o que ele representava, o que ele significava para mim. Eu estava perdida. Não sabia mais onde a Ângela que eu conhecia começava e onde a nova Ângela, a que estava sendo forjada, tomava seu lugar.
Eu havia tentado, durante semanas, me convencer de que o poder era uma bênção. Mas, quando me via sozinha à noite, quando a quietude me envolvia, eu me sentia fraca. Vulnerável. Como se estivesse prestes a perder algo que nunca mais poderia recuperar. Algo dentro de mim estava mudando, mas eu não sabia se estava preparada para isso. Eu queria ser forte, eu queria ser a mulher que os três alfas viam em mim, mas cada vez mais eu me via cheia de dú