— Eu não posso, vó... — Érika falou e de imediato, a lembrança de Alex tomou seu pensamento.
— Você não pode ou tem medo de tentar? — Lilly diminuiu os olhos e não esperou que a neta respondesse. — Sabe... —iniciou, recostando-se melhor na cadeira e voltando a costura das rodinhas de tecido que ela chamava de “foxico”; isso porque uma à uma, as rodinhas eram unidas, tomando formas do que mais tarde seria uma belíssima colcha de cama. — Quando eu era jovem, e digo uma menina mesmo. Lá em meus 17 anos. — frizou — Eu cometi um erro. — Ela pausou e tomou outro gole da cerveja sem glúten e se álcool. — E tudo começou com esse erro.
— O que houve, vó? —Érika recosto na pilastra que sustentava o teto e enquanto a chuva caía, bebia café e ouvia Lilly atentamente.
— Sua bisa Maria sempre foi muito correta. Na verdade, foi a mulher mais forte que conheci. — Lilly se referiu a própria mãe e bisavó de Érika. — Deu duro trabalhando nas terras dos outros para criar a mim e ao meu irmão Zelito.