A revelação de Silas ecoava na mente de Lívia. A dor do lobo solitário, a tragédia de sua família, e a rivalidade com Kael não eram apenas sobre uma companheira, mas sobre um passado sombrio que dividia os dois homens. Lívia, que antes via apenas uma disputa por afeto, agora enxergava o peso de uma história que a superava. Ela se sentia como a corda em um cabo de guerra, puxada por duas forças opostas, cada uma com sua própria versão da verdade.
Ela se levantou e, em vez de voltar para casa, foi para a floresta, para a clareira onde tudo havia começado. O ar frio da noite limpou sua mente, e ela se sentou perto de um riacho, ouvindo a água a correr. Ela sabia que tinha que tomar uma decisão, mas não conseguia. A sua alma, que parecia tão em paz com a natureza, agora estava em guerra.
Foi então que ela o viu. Kael estava de pé, à beira da clareira, com o seu lobo interior a brilhar nos seus olhos. Ele não se aproximou, mas a observou, a sua presença poderosa, mas não ameaçadora. A sua