O silêncio que se seguiu à partida de Kael foi quebrado apenas pelo som da água do riacho. Lívia ficou ali, sentada na beira do rio, com a cabeça a girar com todas as revelações que havia recebido. A história de Kael, a sua dor, e a sua promessa de ser um alfa forte para proteger o seu bando ecoavam na sua mente. Ela agora entendia que a sua escolha, a sua decisão, não era apenas sobre amor, mas sobre a sobrevivência de um bando, sobre a cura de duas almas.
Ela se levantou e, em vez de voltar para a cidade, ela foi para a casa. Mas não para a sua casa. Ela foi para a casa da sua melhor amiga, Clara, a única pessoa em quem ela confiava. Clara, que sempre foi um porto seguro para Lívia, a esperava com uma xícara de chá quente e uma expressão de preocupação.
"Lívia, o que aconteceu?" Clara perguntou, com a voz suave. "Eu ouvi que você e Daniel terminaram. E você parecia estar a falar com uns homens estranhos."
Lívia, que não conseguia mais guardar o segredo, sentou-se e, com a voz embarg