Lívia correu pela trilha que levava à clareira, o som dos seus passos ecoando no chão macio da floresta. O chamado que ela sentia não era mais um sussurro, mas um grito desesperado, um pedido de socorro vindo das árvores. O cheiro de pinho e terra, que ela havia aprendido a amar, estava misturado com o cheiro acre de fumaça e o som de motores pesados.
Ela chegou à clareira e a cena que a esperava partiu-lhe o coração. Tratores e motosserras estavam por toda parte, e uma área da floresta já estava em ruínas. As árvores, que antes eram altas e majestosas, estavam no chão, como corpos caídos em uma batalha perdida. E no meio de tudo, estava Daniel, de pé, com um sorriso de vingança no rosto, a observar a destruição.
Lívia, com a raiva a queimar em seu peito, correu na direção dele. "Daniel! O que você está a fazer? Pare com isto agora!"
Daniel a olhou, e o seu sorriso se alargou. "Lívia, que surpresa. Veio ver o progresso? A floresta é um recurso, Lívia. E eu estou a usá-lo para a prospe