A revelação de Isolde pairava no ar, densa e sombria. A paz conquistada com tanto esforço agora parecia frágil, construída sobre uma base de meias-verdades e segredos enterrados. Lívia e Kael se encararam, o choque da notícia substituindo a felicidade recente. Arthur. O nome ressoou com uma amarga familiaridade, um eco da ambição e da crueldade que eles pensavam ter derrotado em Daniel.

Lívia sentiu um frio percorrer sua espinha. A arrogância de Daniel, sua obsessão pela floresta e seu desprezo pelos lobos, agora faziam sentido. Não era apenas ganância, era a ponta de um iceberg, o reflexo de uma ideologia mais perigosa. Arthur era a mente por trás do plano, o verdadeiro arquiteto da destruição.

"Arthur... ele sempre esteve nas sombras," Isolde começou, sua voz suave, mas carregada de conhecimento. "Ele e Daniel tinham planos para a floresta de Havenwood que iam muito além da simples exploração madeireira. Eles buscavam uma fonte de poder, algo que a lenda da lua crescente guarda. Alg