POV: ESTELA
A sala parecia menor a cada minuto que passava. O som seco das armas sendo carregadas, os cliques dos rádios sendo testados, o roçar dos coletes contra os uniformes — tudo ecoava como uma contagem regressiva. Eu observava em silêncio, tentando decorar cada movimento deles, como se isso me desse algum controle sobre o que estava prestes a acontecer.
Lorenzo se aproximou de mim. Ele ajustava as luvas de couro como quem se preparava para um ritual, os olhos fixos em mim com aquela intensidade que me queimava por dentro.
— Estela, vou repetir pela última vez: atrás de mim, sempre. Não se afasta. Se eu disser pra correr, você corre. Se eu disser pra abaixar, você abaixa. Entendeu?
— Entendi. — respondi, a voz firme, embora minhas mãos tremessem.
Ele se inclinou um pouco, como se pudesse atravessar minhas defesas com o olhar.
— Não vou perder você também.
Engoli em seco, incapaz de responder.
Ricco abriu a porta, anunciando que todos já estavam prontos. O grupo s