Dois sonhos de Emma Quinn haviam se realizado, se tornar uma agente do FBI com uma carreira promissora e ter uma vida de independência. Por mais que sua família adotiva fosse tudo na sua vida, uma parte do seu passado não estava concluída e vivia a assombrando constantemente durante a noite, havia um vazio dentro dela que precisava ser preenchido. Emma nunca entendeu sua fixação por adrenalina, por estar perto do perigo. Mas à medida que ela conhece o misterioso Jeong Park tudo começa a fazer sentido, e esse homem faz parte do quebra cabeça mais importante de sua vida.
Leer másAviso:
O Consigliere é um romance para maiores de 18 contém cenas de sexo explícito, linguagem imprópria e violência. Todas as informações para esse enredo fictício foram feitas com pesquisas ( livros, séries, e até mesmo sites) qualquer semelhança com a realidade será mera coincidência.No início dos capítulos haverá sempre o nome de alguma música que faz parte da playlist da história. Hierarquia máfia Família Marine:1 O DonO chefe da máfia; todas as decisões importantes têm que ser tomadas por ele. Caso aconteça alguma coisa ele é o primeiro a ser protegido e evita o máximo de conflitos.1.2O Consigliere:O homem de extrema confiança e conselheiro do chefe, atua como advogado, é homem encarregado de participar das reuniões no lugar do Don, e o único que pode questionar suas ações.2.Subchefe:Herdeiro do chefe da máfia, em sua ausência as decisões ficam com ele. No entanto, a família Marine não possui um herdeiro. Então essas decisões ficam também com o seu Consigliere.3.CapisSão os soldados da máfia, divididos por todos os lados, é com eles que ficam a maior parte do trabalho sujo, e estão espalhados por toda a Itália e América, são responsáveis por todas as atividades ilegais.4.Os associadosApesar de ser uma máfia extremamente perigosa, a família Marine ao passar dos anos construiu uma boa amizade, com políticos, policiais federais, juízes, outras máfias, e gangues.|...........|PrólogoNothing Else Matters - MetallicaA chuva caia sem cessar sobre aquela cidade, havia sido uma viagem longa até chegar naquele lugar, olhou pela janela do carro a escuridão lá de fora, o homem sentiu algo se mexendo ao seu lado e virou a cabeça para o lado.Grande merda!Encontrou um par de olhos castanhos escuros o encarando de volta, era incrível como aquele pequeno ser herdará toda a fortuna de sua família e tudo mais que tinha direito, mas infelizmente não era para aquilo ter acontecido, não era para ela existir. Não deveria ser uma mulher.Estava tudo errado.Aquilo havia começado de forma errada, e não tem como ser culpa dele, sempre avisou aquele palerma que chamava de filho. Ele fraquejou, todos os ensinamentos que deu a ele foram jogados no lixo. Primeiro sempre era a herança; segundo era família; era o legado a ser cumprindo e passado para gerações da família Marine.Henrico Marine Leonel olhou para a pequena olhar tudo à sua volta como se desse conta de que não estava mais em casa.A pirralha só tem 5 anos e é uma menina esperta!— Vovô? Quero meu papai.— Fique quieta minha criança, vai ficar tudo bem — o homem deu tocou no cabelinho escuro e curtos que chegava até a altura dos ombros. — Em breve vamos chegar.— Quero minha mamãe! — a voz infantil disse ainda meio sonolenta e seus olhinhos estavam desesperados, ela tentou ficar de pé em cima do banco do carro.— Eu disse para ficar quietinha, sua mamãe vira te pegar, enquanto isso não quer ir ao lugar onde está cheio de crianças para brincar? Tem doces e tudo.Henrico estava tentando ter a maior paciência que podia e esse não era o seu forte, queria logo se livrar daquele estorvo e tudo iria ser como deveria ter sido desde o princípio.O seu motorista parou o carro e um de seus homens abriu a porta da grande limusine preta. Ele saiu do carro embaixo de um guarda-chuva e puxou a criança para o seu colo.Olhou para o letreiro enorme "Orfanato Santa Luz de Cristo", um dos seus seguranças abriu o portão e ele entrou no local, subiu os degraus do local e bateu na porta, esperou alguns segundos e bateu novamente dessa vez com mais força.Um tempo depois alguém atendeu, era uma senhora.— Posso ajudá-lo?— Eu tenho me comunicado, eu sou o Robert Leôncio, vim trazer a criança que lhe falei.O olhar da mulher mais velha caiu sobre a menina agarrada em seu ombro.— O senhor não havia dito que viria tão tarde.— Sim, desculpe, tome. Eu não tenho muito tempo — respondeu entregando a menina, assim que a senhora pegou a criança, ele tirou um envelope do seu sobretudo. — É uma boa quantia, vou mandar todo mês, cuide bem dessa menina.— O nome dela é...— Emma — mentiu.Melhor do que Luna, que porcaria de nome esquisito colocaram na criança.— Claro, mas o senhor tem que preencher a ficha da...— Eu já mandei todos os meus dados por e-mail. Cuide bem dela. — Interrompeu e se virou, saindo andando apressado entre as escadas.Ao meio do caminho ouviu o choro da pequena.— Eu quero a mamãe e o papai! — gritou a criança em histeria. — Vovô! Vovô!Henrico parou ao ouvir aquilo, e sua expressão ficou séria, encarou o carro a distância, escondia perfeitamente suas emoções e sabia como ser frio e naquele momento nada era exceção.A pirralha iria ficar bem e estava pagando muito bem para manter todos os cuidados possíveis para ela, seria bem tratada, e quem sabe uma família rica não a adote e tudo ficaria bem.Mas na sua família a menina não permaneceria, aquilo era inadmissível, um Leonel nunca teve uma mulher como herdeira, e não seria agora que teria. Não sentia nenhum pouco de remorso por aquilo.Agora era hora de ensinar uma lição ao seu filho, e aquilo era tudo culpa dele, aquele garoto mimado iria aprender que não se deve desafiá-lo, e iria cumprir o seu dever por mal. Alessandro iria seguir seus passos, e talvez até se tornasse melhor do que ele era.Estava ansioso por aquilo.Entrou no carro e olhou para a garotinha de cinco anos ao longe do lado da senhora com os bracinhos estendidos em direção ao carro como se pedisse socorro.Abaixou a cabeça e sorriu.Adeus Luna!Uma hora depois, Henrico levantou a taça de champanhe e tomou um grande gole com gosto. Ele saboreou o gosto da vitória por uns momentos, segundos depois começou a tossir de forma rouca e profunda, pegando o paninho no pequeno bolso do seu paletó o levou até a boca, o cheiro metálico do sangue invadiu suas narinas.Henrico observou uma boa quantidade de sangue no pano e suspirou. Seu segurança pessoal e confidente se aproximou e tocou em seu ombro perguntando:— Don, o senhor está bem?— Si, não precisa se preocupar, Matthew — respondeu fazendo um sinal com as mãos. — sto bene.Tanto ele quanto Matthew, sabiam que aquilo não era verdade. Henrico estava com os seus dias contados, e o desespero estava maior que antes, os seus pulmões já estava todo tomado pelo câncer e não havia mais volta. Ele sabia que seus dias estavam contados.Alessandro agora iria ser o novo Don, por bem ou por mal.Então o seu celular tocou, ele o pegou no bolso, o sorriso retornou ao seu rosto ao ver o número do filho. Fez questão de demorar alguns segundos para atender de propósito e agiu normalmente.— Alessandro? Me ligando a essa hora.— Pai! — O desespero na voz do rapaz era notável e então ouviu um soluço —, pai, foi você?— Eu o quê? — perguntou Henrico.— Raptaram a Luna enquanto nós estavamos dormindo, foi o senhor? — Alessandro gritou no telefone com a voz trêmula.— Oh meu Deus, raptaram a minha neta?! — Exclamou ele fingindo estar mais que surpreso.Mathew deu um sorriso, observando a atuação do chefe.— Papa, isso não é brincadeira, é a minha garotinha, foi o senhor?— Non, eu jamais faria isso com a minha neta, eu me apeguei a pirralha, você sabe.O seu filho suspirou e o soluço do choro ficou mais forte.— Onde o senhor está? Preciso de ajuda.— Estou voltando de uma reunião de emergência. Não se preocupe, vou chegar logo, já vou acionar a todos que conheço em busca da Luna, e você pode usar meus homens que estão aí para isso também.— Papa e se algo aconteceu com ela? Eu nunca irei me perdoar.— Não fique assim mio figlio, vamos encontrar a ragazza.Ele se despediu do filho e guardou o telefone, os aplausos do seu segurança ecoaram pelo pequeno avião.— Muito bom, Don.— Obrigado — ele agradeceu colocando as mãos no peito —, agora vamos transformar o Alex em um dos melhores Dons que a máfia já teve. A família Marine será conhecida e temida em todo mundo.Os mafiosos brindaram então a sua conquista e o desejo de Henrico se realizou. Seu filho se tornou o melhor mafioso de todo mundo.Dois anos depois. — Any, não corra e vá para o banho! — Emma pediu à filha adotiva, enquanto ela corria pela casa brincando com o avô, e Emma segurava a bebê no colo. Any veio do orfanato onde Emma cresceu, e seu desejo de adotá-la sempre esteve presente. Assim que se casou com Jeong, os dois conversaram e decidiram dar entrada na adoção da garota. Foi uma alegria para o convento e para a garotinha, que logo começou a chamá-la de mãe. Emma realmente sentia essa conexão única com ela, assim como Robert teve com ela. — Lá vem sua mãe estragar a brincadeira! — Alessandro riu, apoiando as mãos nos joelhos para recuperar o fôlego. — Vem, vovô! — Any pediu, suada e animada, ignorando os pedidos da mãe. — Any, vai tomar banho, já passou da hora — Emma falou em tom mais autoritário. A garotinha parou de correr e olhou para ela. — Por favor, mamãe, só mais um pouquinho! — Ela juntou as mãos pequenas, pedindo. — Você já disse isso cinco minutos atrás, querida. Daqui a pouco você brinca
Emma Quinn / Luna Leonel Semanas se passaram desde o que aconteceu. Nós voltamos ao nosso lugar, e meus irmãos ficaram furiosos ao saberem do perigo que corremos; também retornaram da ilha do meu pai. Já não é tão estranho chamá-lo assim; soa de forma natural, e meu coração está tranquilo por finalmente aceitar isso. É óbvio que meu amor por Robert não mudou nem um pouco, e também amo Alessandro. O que me fez enxergar isso completamente foi vê-lo quase morrer diante de mim; aquilo quebrou todas as barreiras do meu coração. Sinto-me livre para dizer que tenho dois pais que amo muito: um me criou e o outro me deu a vida, e agora tenho a oportunidade de fazer parte da vida dele. É claro que a questão da máfia ainda é complicada; não quero me envolver nisso, e ele concordou. Mas eu o entendo e sei o que custaria se ele deixasse tudo. Quanto à minha mãe, sinto a mesma coisa. Estamos cada vez mais ligadas uma à outra; aproveitamos o tempo para sair juntas, ir ao shopping ou ao spa, ou até
Alex Leonel Abro os olhos lentamente, observando o teto branco. Estou um pouco desorientado. O que aconteceu? Morri, não é mesmo? Mas não era para ser tudo branco? Sempre estive preparado para encontrar meu pai quando chegasse a hora. No entanto, isso aqui é diferente, um lugar calmo. De qualquer forma, estou pronto para pagar pelos meus pecados. Viro a cabeça devagar para observar o local e encontro minha esposa sentada em uma cadeira ao lado da cama, com a cabeça apoiada na lateral, dormindo. Minha testa se franze. Ainda estou confuso. Que tipo de inferno é esse? Não era para ela estar aqui. Levanto as mãos, sentindo meus braços pesados. Mesmo assim, consigo encostar as mãos na cabeça dela, fazendo um carinho. Milena acorda rapidamente, tão desorientada quanto eu. — O quê? O que foi? Não estou dormindo, estou acordada! Solto uma risadinha. Toda vez que ela é acordada, leva um susto. Ao longo da minha vida, tomei muitos t***s por assustá-la. É divertido. Abaixo meu braço, sent
Jeong ParkNo avião, eu estava tão ansioso. Demorou algumas horas de viagem, mas conseguimos chegar ao local antes das três da manhã. Os seguranças de Alessandro estavam nos esperando no aeroporto.Eu não estava em condições de dirigir, então quem assumiu o volante foi Erick. Ele dirigia com mais rapidez do que eu. Quem veio conosco foram Dino, Felipe, Noah e Pedro.Milena está com os seguranças de Alessandro. Ordenei que eles a levassem para o hotel e não a trouxessem conosco. Sei que ela vai brigar comigo depois, mas não faço ideia do que encontraremos no local.Erick dirige em alta velocidade, mas com controle. Minhas mãos estão trêmulas enquanto a ansiedade me atinge.— Alguma alteração? — pergunto a Dino enquanto passamos pela estrada do acidente.Dino está o tempo todo focado na tela do computador, pois hackeamos o carro de Soyer.— Não, mas... o que é isso? — Dino pergunta assustado. — Chefe, o Don e a Emma saíram do galpão.— O quê?Ele me passa o monitor, e pelo carro de Soye
Emma Quinn / Luna Leonel— Acho que ali no canto tem uma serra para nos livrar.Levanto-me rapidamente e aceno para ele. Com pouca iluminação, não dá para enxergar muita coisa, mas vou procurando algo para quebrar as correntes.Ouvimos um barulho.— Emma, se esconde! — Alessandro sussurra.— Será que ele já acordou? O chefe não vai brigar se eu der uma olhada. Fiquem aí!Me escondo atrás de um tanque enorme; o cheiro dali me incomoda demais. Observo um dos homens entrar no local e rapidamente vejo um pedaço de pau ao lado. Isso vai servir. Pego-o enquanto ouço os palavrões.— Como essa vadia escapou?! — Ele exclama, olhando para Alessandro, que dá de ombros.— Estou amarrado, não sei de nada.Aproveito que ele está distraído e me aproximo.— Ora, seu filho da puta! Eu vou achar aquela vagabunda! — Ele puxa o rádio para comunicar aos seus parceiros que estou solta, e aproveito para dar uma paulada na cabeça dele.O homem cambaleia para o lado e geme de dor. Continuo segurando o pedaço
Emma Quinn / Luna LeonelO lugar onde estou é o mais lindo que já vi em toda a minha vida; é um jardim repleto de todos os tipos de flores. O canto dos passarinhos podia ser ouvido de longe, e havia borboletas por todos os lados. O sol brilhava intensamente, iluminando todo o local. Que esquisito!Eu olho para um banquinho em frente a um riacho de águas cristalinas e vejo um homem sentado. Alessandro?Mas, quando ele se vira, percebo que é Robert Quinn. Ele sorri e acena na minha direção.— Papai!Corro em sua direção e, em segundos, estou em seus braços. Ele solta uma gargalhada gostosa e me aperta contra si.— Por que está chorando, querida?Então, toda a dor da perda me atinge, e a culpa me corrói. Eu só o abraço com mais força.— Eu sinto muito.— Por quê?— Porque eu não te protegi como deveria.— Ora, o pai sou eu. Esse é o meu dever, meu bem, e sei que o cumpri muito bem.Eu me afasto e o olho pela primeira vez. Ele está lindo, seu corpo inteiro irradia luz, até suas roupas são
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