Alexandre viu o vestido prateado no corpo perfeito daquela mulher em sua boate. A desejou instantaneamente. E o que ele deseja, tem que ser seu. Ordenou a um dos seguranças que a levasse a seu camarote e usou todo seu poder de sedução para tê-la. Mas havia implicações que ele só percebeu quando não podia mais voltar atrás. Ela era virgem. E, pior, o destino ainda decidiu que aquela primeira vez seria suficiente para uma gravidez e grandes complicações. Willow Fernandes era para ser um sexo casual, porém parece que não consegue se livrar dela. E será que realmente queria isso? Os Rodrigues são uma família poderosa no Brasil. E o poder vai além de serem o nome quando se fala em joias e pedras preciosas. Por trás da fachada de CEO existe uma rede que envolve desde de vendas de informações a assassinatos encomendados. Nesse livro vamos conhecer Alexandre Rodrigues, o Grande Pai como é chamado entre seus subordinados.
Leer más― Porra! Que caralho! Por que não me disse que era virgem? — tento manter o tom de voz baixo para não assustar ainda mais a mulher embaixo do meu corpo. Como se fosse possível, ela parece um coelhinho assustado.
Fico imóvel dentro dela. Seu corpo tenso pela invasão repentina.
É muito pequena a parte que quer sair e conversar. Eu quero mesmo é continuar me movendo duro e forte, sentindo-a toda até não restar nada mais que seus gritos de tesão.
Ela me dizia que não podíamos ir tão longe, mas não parava de me tocar, de se deixar tocar, me deixava ir cada vez mais longe. Achei que fosse um jogo de sedução. Quando poderia imaginar que o motivo era esse?
A garota me olha assustada, mas logo desvia o olhar.
― Preservativo... Pelo menos tinha que ter colocado. ― Parece perdida em sua inexperiência.
Deixo escapar um riso nervoso.
― Eu coloquei. Não viu? ― Pelo jeito não. ― Você tem vinte e dois mesmo?
Não é possível que uma mulher de vinte e dois anos tão gostosa seja virgem.
― Tenho.
Encaro seu rosto virado para o lado, tentando não me olhar. Fios dos seus cabelos castanhos colados na pele, simplesmente pelo calor que emana dos nossos corpos. Ela é a mulher mais linda que meus olhos já viram.
O que fazer com essa mulher? Nunca transei com uma virgem. Sendo bem sincero, fujo disso.
Parar agora não vai mudar nada. A porra da primeira vez é importante para as mulheres. Sei disso. Até para a louca da minha irmã foi algo que moldou sua personalidade.
Ela continua com o rosto virado para evitar me olhar. Que situação maluca! Nós dois pelados, meu pau louco para se mover dentro dela... e eu nesse dilema.
Devo estar maluco mesmo.
― Ei, olha para mim. ― Seguro seu rosto firme e viro de volta para mim. Ela não reluta.
— Desculpa por não dizer. É que... eu... eu... — ela tenta virar o rosto novamente, mas não permito, continuo segurando seu queixo. — Eu achei que não aconteceria.
Acabo rindo. Sei que não devia, mas é muito cômico essa mulher dizer isso depois de tudo que aconteceu nesse lugar.
— Não ria de mim — resmunga brava. — Já me basta essa dor do inferno.
Paro minha risada na hora.
Preciso dizer que ela fica ainda mais linda bravinha.
― Parei. A primeira vez é dolorosa mesmo. Dizem que muito.
― Dói mais do que pensei ― confessa.
Por mais que a luz não ajude, sei que seus olhos cor de mel estão marejados. Não está tão escuro assim.
Não acredito que estou nu dentro de uma mulher e conversando sobre primeira vez. Se eu contasse ninguém acreditaria que o poderoso Alexandre Rodrigues se sujeitou a isso por uma mulher quando chove bocetas ao meu redor.
Foda-se! No momento só me interessa essa. E sim, posso ser o mais gentil dos homens por essa mulher que acabei de conhecer.
― Tenta relaxar. Ou se quiser parar, podemos. Mas isso não vai trazer sua virgindade de volta. O que quer fazer?
― Prefiro que não me pergunte isso agora.
Vibro com sua resposta. Era tudo que queria ouvir.
Recado entendido. O estrago já está feito.
Volto a beijá-la. Primeiro devagar, ela ainda está arredia por essa interrupção que esfrio tudo. Mas posso esquentar novamente.
Tomo sua língua, provocando um leve gemido, a enlouquecendo aos poucos até que chegue ao ponto em que não ligue para mais nada além do prazer.
Uma garota sensível, intensa e com muito tesão acumulado. Agora entendo porque nem me viu colocar o preservativo. Estava perdida no tesão.
Só depois de sentir seu corpo entregue, volto a me movimentar dentro dela, sem parar de beijar. Posso sentir seus gemidos dolorosos em minha boca. Quem inventou a virgindade era um tremendo babaca. Só serve para tornar doloroso um ato que deveria ser só prazer.
Desço uma das mãos até entre suas pernas. Não tem como acabar com a dor, mas posso aumentar o prazer. Enquanto vou e volto em estocadas firmes, a estimulo tocando seu ponto mais sensível. Ela se perde totalmente, esquecendo que fora desse lugar meus seguranças podem ouvir seu desespero pelo alivio do orgasmo.
Com ou sem dor, a fiz gozar.
Sorrio satisfeito sobre seu pescoço suado, onde acabei de deixar um chupão.
Ela estremece sob o meu corpo, se contraindo. Em sua inocência, não sabe como esconder ou controlar as emoções. Se mostra em toda sua dor, em todo seu prazer.
O jeito é acelerar as coisas para não render a dor que sei que ela sente, e, com estocadas rápidas, alcanço meu próprio êxtase. Fácil demais com alguém tão gostosa e apertada.
Fico ainda um pouco dentro dela. Imóvel. Absorvendo as sensações da foda que compartilhamos.
― O plano de não transar já era ― comento em tom de brincadeira, depois de beijar sua testa suada. ― Pelo menos espero que tenha sido mais que dor para você.
― Pode sair? ― pede com um tom de voz muito diferente do que estava gemendo há pouco.
Pelo jeito o clima pós trepada não será dos melhores.
Saio dela e me sento perto de seus pés no sofá. É quando vejo que pode piorar.
― Merda! — esbravejo. — Essa porra rasgou.
O preservativo está destruído no meu pau.
Ela me olha apavorada e se senta também.
― Rasgou? Eu senti algo quente... mas... e agora?
― Eu sou um homem limpo. Te garanto que é a primeira vez que isso acontece. Você toma alguma coisa? Posso pedir para um dos meus seguranças comprar uma pílula.
Sua cabeça vira de um lado para o outro rapidamente.
― Deixa que eu compro.
Dou de ombros. Já estou me irritando com essa situação. Sinto como se precisasse medir as palavras com essa mulher, e não gosto disso.
― Tudo bem! Pode me dar seu telefone, se quiser. Podemos repetir isso sem a parte da dor. ― Tento mais uma vez deixar o clima melhor, mas ela se mantém tensa.
― Eu não sou o tipo que faz sexo casual. Essa aventura valeu pela vida toda. ― Começa a se vestir. E coloca a calcinha rasgada na pequena bolsa que deixou sobre a mesa. ― O sofá... Deve ter sujado.
Não acredito que ela está preocupada com o sofá branco.
― Não se preocupe. A pessoa que limpa não faz perguntas.
Ao contrário de tranquilizar, parece que ouvir isso a deixou irritada. Ela se levanta com suas roupas e cabelos lindamente bagunçados. Se não fosse uma situação de merda, eu a jogaria nesse sofá novamente e foderia até que implorasse por misericórdia.
― Vou embora então. Já está tarde.
― Você veio com alguém? Se quiser uma carona... ― ofereço.
― Eu vim com uma amiga, mas voltarei sozinha.
― Por favor, espere aqui que pedirei ao meu motorista que a leve.
Saio e aviso ao segurança que a buscou:
― Acompanhe a senhorita até o meu carro e peça ao motorista para deixá-la em sua casa. Depois pode voltar para me levar embora.
Recebo seu costumeiro aceno. Quando volto, a garota que se apresentou como Willow está pronta para ir.
Seguro sua cintura e beijo seus lábios, sentindo que não devo deixá-la ir.
― Foi um prazer ter sua companhia. — Ignoro o sentimento idiota.
― Idem ― responde sem muita emoção.
― Boa noite, pequena Will.
A levo até meu segurança e ela se vai, deixando uma sensação estranha. É a primeira mulher que vai embora sem implorar por um telefonema no dia seguinte. Ela nem quis o meu número. Deve ter sido muito doloroso. Não a culpo. Às vezes machuco até mulheres que há muito perderam a virgindade, imagino como seria para uma virgem.
Foi uma experiência gostosa para mim, mas para ela entendo que tenha sido muito doloroso.
E agora eu vou beber um pouco mais de champanhe enquanto espero meu motorista. Quero dormir logo. Essa semana vai ser uma loucura com o último pedido do meu cliente especial. Vai ser uma morte com muito barulho no mundo da política. Mas negócios são negócios. A noite com a pequena Will ficará guardada em minhas recordações especiais. Era a primeira vez que tocava algo puro e verdadeiramente inocente.
CameronCorro feito louco para longe da médica e dos Rodrigues, e irrompo a sala de parto. Se eu tinha planos de ir até ali? Meu destino sempre seria Amanda. Minha morena e minha filha precisam de mim. Nenhum médico ou segurança vai me impedir de estar com elas.Caio de joelhos ao ver a cena. Amanda naquela cama, inconsciente, sangrando. Aquelas pessoas ao seu redor.― Você não pode ficar aqui. ― Uma enfermeira vem em minha direção.Tentam me levantar, mas meu corpo parece de pedra.A médica volta com Alexandre.― Salve-as ― imploro e grudo a perna da mulher. Não ligo se pareço uma criança assustada. ― Por favor, Deus, não as tire de mim.Alexandre me coloca de pé. Não imponho resistência. Ele segura meus ombros e diz:― Tenha força pela minha irmã. Ela precisa de você.― Saiam. ― A médica diz. ― Precisamos que saiam.― Ele vai ficar. ― Alexandre diz, e sai.Tudo passa como em câmera lenta e um borrão. Em algum momento acabo com uma roupa azul do hospital.Fico ali, segurando a mão da
CameronNão demorou para sairmos do hospital. Felizmente o tiro não atingiu nada importante.Com o assunto dos Pereira resolvido, Amanda e eu decidimos virar pais em tempo integral, nada de envolvimento com nada perigoso.O que esperar de pais de primeira viagem?Nós dois e uma internet é igual várias loucuras. Passávamos os dias planejando cada etapa da vida do nosso bebê, estudando como cuidar de sua saúde, e tudo que aparecesse sobre filhos.A médica que acompanha a gravidez ― minha mulher demitiu o médico anterior ― já não aguenta mais nos ver. Perguntamos sobre qualquer coisinha. A coitada nos ouve sobre dietas que lemos ser boas, sobre melhores e mais seguras formas de fazer o parto, como dormir, até onde transar é liberado... E a lista segue.Amanda chegou no sétimo mês sem problemas na gestação e com muitas paranoias sobre morrer no parto.Eu finjo que está tudo bem para ser seu pilar, mas por dentro estou apavorado com a possibilidade de realmente perdê-la. Sei lá, sinto um a
CameronAcordo em uma cama de hospital. Eu conheço a clínica da família e olhando ao redor tenho certeza que não estou nela. A minha morena não está ao meu lado, quem está é o Alexandre. Ele digita no celular, concentrado.― Onde está a Amanda?Sem se assustar com a interrupção, ele se vira para mim.― No quarto ao lado.― Quarto? Como assim quarto? ― mil coisas se passam pela minha cabeça e todas elas envolvem Amanda ferida.― Nada de mais. Ela se abalou com a possibilidade de te perder e teve um desmaio. Já está bem, só em observação.Me levanto com certa dificuldade. Sinto dor.― Ei, não pode levantar. ― Ele fala quando me vê me desconectando dos aparelhos.― E você não deve mentir. Ninguém fica em observação por um desmaio qualquer.― Assunto de vocês. Depois conversa com ela.― Depois é um caralho. Se levantar daqui não for resultar em morte súbita, eu vou ver a minha morena.Alexandre só revira os olhos. Não parece disposto a me impedir.Nessa hora chega uma enfermeira e começa
AmandaQuando chegamos na clínica, o médico disse que ele precisava ser operado para retirar a bala. Por medo de não termos tudo que era necessário, ele sugeriu irmos aos hospital. E lá se foram os irmãos e suas esposas seguindo a ambulância onde eu fui agarrada a mão de um Cameron inconsciente.Segui com ele até a porta do quarto de operações. Ao contrário do que se ver nos filmes não fiz cena para entrar com ele. Iria atrasar ainda mais o procedimento e colocar a vida dele em risco maior.Sentei quietinha com meus irmãos. Vez ou outra eu ouvia uma palavra de consolo ou sentia alguém me tocar ou abraçar. Até mesmo tive vislumbre de alguns seguranças aparecendo para saber do estado de Cameron. Pelo que entendi em minha situação de puro medo, ele queriam saber como o ruivo livro aberto estava. Cameron conquistou todos.Pareceu que se passaram dias até que o médico saiu da sala com uma expressão indecifrável.Levanto de um salto, torcendo as mãos de puro nervosismo.E se ele disser que
AmandaO momento de colocar um fim nos Pereira chegou. Pensa que esqueci? Não mesmo. Jamais perdoaríamos seu ataque direto a nossa família, por isso aqui estamos nós, os irmãos Rodrigues, armados até os dentes e prontos para dar fim aos selecionados em nossa lista. No topo dela, o velho Pereira.Deixei para saber o resultado do exame depois que tudo acabar. Simplesmente porque se for positivo eu vou surtar em uma escala que nem consigo definir.Não contei para Cameron sobre o ataque ou sobre a possível gravidez. Sobre a gravidez, só não quero que surte antes da hora. E sobre o ataque, ele está resfriado e não quero que venha conosco e sua doença, por mais simples que seja, o coloque em risco.Sei lá... Vai que ele fica tonto na hora do tiroteio ou algo assim. Já aceitei que quando se trata dele, o buraco é mais embaixo. Por isso me irrito ao vê-lo entre o nosso reforço, todo de preto, como todos que vão.― O que pensa que está fazendo? ― Vou até ele.― Raul é segurança do Alexandre, e
AmandaTempos atuais ― Pensando em que? ― Cameron pergunta acariciando minhas pernas que estão em seu colo. Minha cabeça que estava ali, mas era impossível de concentrar no filme tão perto do meu brinquedo favorito, então mudamos as posições.Toco minha cicatriz no rosto. Gosto dela. As pessoas dizem que me deixa com cara de mulher fatal. Gosto que me vejam assim.O ruivo segue meu gesto. Sua pergunta me faz perceber que vários minutos passaram sem que eu olhasse para a tv. É, desisto de ver esse filme hoje. Estou muito distraída.― Lembrando do dia em que fugi de casa com um monte de porcaria na mochila. Até parece que eu duraria com aquelas coisas...Ele sorri. Parece tentar imaginar a cena.― Você era uma criança. Na época deve ter pego tudo que considerava importante.― É verdade. Na época eu não tinha uma arma.― E ainda não tinha me conhecido. Se precisasse fugir agora teria que encontrar uma mochila que me caiba ― ele fala... e morde minha perna.― Ai! ― reclamo. ― Cam, isso é
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