ROSALIA DUARTE
— O que você quer comigo?
Célio se sentou, cruzando as pernas de forma relaxada.
— Eu vim me desculpar, Rosália.
— Desculpar? Pelo quê exatamente? Por invadir a casa do seu irmão? Por me assediar na piscina? Ou por tentar humilhar o Celso no noivado dele?
Célio baixou a cabeça, olhando para as próprias mãos.
— Por tudo. — Ele suspirou. — Eu sei que agi como um animal. Mas eu estava... bêbado. E com raiva.
— Álcool não cria monstros, Célio. Ele apenas os solta.
— Eu sei. — Ele levantou o olhar, e os olhos verdes estavam marejados. — Olha, Rosália... eu e o Celso... nós temos uma história complicada. Nosso pai nos jogou um contra o outro desde crianças. Era uma competição doentia. Quem tirava as melhores notas, quem era melhor nos esportes, quem pegava as melhores garotas...
Ele fez uma pausa, deixando a "vulnerabilidade" exposta.
— Eu sempre perdi. O Celso sempre foi o perfeito. O prodígio. E eu virei a ovelha negra. Ver ele com você... feliz, bem-suc