ROSÁLIA DUARTE
O sábado chegou sem qualquer sutileza.
A semana tinha sido preenchida de tratamentos estéticos, provas de roupa e um intensivão sobre a vida de Celso Mirantes que me fez sentir como se estivesse estudando para um doutorado em "O Playboy Bilionário". Eu sabia o nome da primeira professora dele, a marca favorita de uísque e até a cotação do ouro em tempo real.
Mas nada, absolutamente nada, poderia ter me preparado para o momento em que a limusine parou em frente ao Metropolitan Museum of Art.
O vidro fumê me protegia, mas podia ver os flashes explodindo como uma tempestade elétrica contínua.
— Respire — a voz de Celso soou ao meu lado, calma e aveludada.
Virei-me para ele. E, por um segundo, esqueci como se respirava.
Se Celso Mirantes era bonito em roupas casuais ou nu em uma banheira, em um smoking feito sob medida ele era uma arma de destruição para corações. O tecido preto abraçava seus ombros largos com perfeição. Ele havia penteado o cabelo para trás,