ETHAN PETTERSON
Deixei-a na garagem e enquanto eu manobrava o carro para fora da propriedade, uma pontada de algo que se assemelhava a divertimento passou por mim. Ela era fogo puro, indomável. E era exatamente por isso que eu nunca a deixaria ir.
O caminho para a construtora foi rápido. A cada quarteirão, a leve irritação que eu sentia se transformava em algo maior. Eles cometeram um erro. Heitor Reis, Miranda Ross, seu irmão insignificante... todos eles cometeram o erro de mexer no que é meu. Não em um ativo da empresa, não em uma propriedade, mas em Cristina. E eles iriam pagar por isso. Não com a mesma tática barata de fofocas e escândalos. Eu não me rebaixo a esse nível. Eu os destruiria silenciosamente até que não sobrasse nada além de poeira.
Assim que as portas do meu elevador privativo se abriram no último andar, meu assistente já estava de pé.
— Senhor Petterson, bom dia. Suas reuniões das nove e das dez...
— Cancele tudo até o almoço — interrompi, caminhando direto para meu