ETHAN PETTERSON
Cristina estava me ignorando.
Cada ação dela, cada palavra, cada olhar desinteressado, era uma punição. Cristina havia entrado no restaurante comigo, usando aquele vestido verde colado ao corpo, o cabelo solto e o perfume inconfundível. Ainda assim, não me olhou de verdade nem uma vez.
Ela falava com Rosália. Sorria com Rosália. Fazia piadinhas com o garçom, com o cardápio, com o vinho. Comigo? Um sorriso forçadamente educado e respostas curtas.
Beleza. Então era assim que ela queria brincar.
Ela não tinha esquecido o que eu disse. E, pra ser sincero, eu também não tinha esquecido do jeito que ela me olhou antes de sair de casa ontem.
Mas tudo bem.
Vamos ver até onde essa cena dura.
O restaurante era um dos meus preferidos: discreto e com comida boa o suficiente pra distrair de qualquer conversa desconfortável. Mas hoje, não esperava ter conversas desconfortáveis com Cristina ou Rosália. Pelo menos, esse era o plano até a voz da irmã dela ser ouvida. Acho que v