ETHAN PETTERSON
A "Sala de Guerra" da Petterson construtora não era uma metáfora. Era uma sala blindada, revestida de chumbo e isolamento acústico, no subsolo do edifício, projetada para gerenciar crises globais, quedas da bolsa e ataques cibernéticos.
Mas hoje, ela parecia pequena. Claustrofóbica. E principalmente Inútil.
Eu estava de pé diante da parede de monitores de alta definição, minhas mãos apoiadas na mesa de vidro temperado com tanta força que eu temia que ela estilhaçasse a qualquer segundo. O vidro refletia meu rosto: uma expressão de fúria e terror. A gravata já tinha ido para o lixo horas atrás. Os botões do colarinho da minha camisa estavam abertos, e eu sentia o suor frio escorrer pelas minhas costas.
Ao meu redor, doze dos melhores analistas de segurança, hackers e ex-agentes de inteligência que o dinheiro podia comprar digitavam freneticamente em seus terminais. O barulho das teclas era irritante, como o som de insetos devorando uma carcaça.
— Relatório! — rugi,