ETHAN PETTERSON
O medo nos olhos dela era óbvio.
— Eu posso explicar — ela sussurrou, a voz trêmula, segurando a toalha de rosto contra o peito.
Mantive meu rosto sem expressão. Por dentro, um vulcão de perguntas e acusações estava em erupção, mas por fora, não havia nada. Se ela queria ser a atriz principal nesse drama de mentiras e meias verdades, eu seria o diretor. E eu não gritaria "corta" agora. Eu deixaria a cena rolar.
Inclinei a cabeça para o lado, franzindo a testa em uma confusão fingida.
— Explicar o quê, amor? — perguntei, suavizando a voz, injetando nela uma dose de inocência que eu não tinha. — Por que você está tão nervosa?
Eu vi as engrenagens na cabeça dela girarem. Ela estava processando a minha reação.
— É que... — ela gaguejou, os olhos varrendo o notebook no meu colo. — Eu... eu tenho vergonha.
— Vergonha? — Sorri de canto. — Então minha teoria estava certa? Tem realmente pornografia aqui, não é?
Fiz menção de abrir a tampa novamente, meus dedos deslizando pelo