115 - Bem-vinda de volta, Sra. Petterson
ETHAN PETTERSON
UM MÊS DEPOIS
Os dias se dissolveram.
Tornaram-se uma névoa indistinta. O mundo lá fora continuava girando, Lauro Tamiso estava tentando roubar meus clientes, Beatriz foi inocentada e estava nadando no dinheiro ensanguentado de Vicente com seus pais, e meus pais estavam tentando dirigir a empresa na minha ausência, mas nada disso importava. Meu mundo havia encolhido para as quatro paredes de vidro deste quarto.
Já haviam se passado quatro semanas. Vinte e oito dias desde que eu segurei sua mão fria pela primeira vez.
Eu aprendi a rotina. Eu conhecia o bipe do monitor cardíaco dela tão bem quanto minha própria respiração. Sabia quando o Dr. Henderson faria sua visita diária para checar o bebê, o som dos batimentos no Doppler portátil era o único sol em meus dias intermináveis. O bebê estava forte. Um lutador. Como a mãe.
Eu sabia quando a Dra. Chen, a neurocirurgiã, viria. Suas palavras eram sempre cautelosas e medidas. "O inchaço está diminuindo, Sr. Petterson." "A pre