92. Sozinha E Quebrada
Olho para o cartão preto na mesa como se fosse uma cobra venenosa.
É tentador. Deus, é tão tentador que dói.
Daniel poderia ter os melhores médicos. Um tratamento melhor. Uma chance real de se recuperar completamente e viver sem estar preso a hospitais e quimioterapias intermináveis.
E tudo o que eu preciso fazer é sair da vida de Nathan.
Simples assim.
Seria simples, se junto à imagem de Daniel saudável não viessem os sorrisos raros de Nathan.
A forma carinhosa como ele me chama de pequena.
Os momentos em que baixa a guarda e me deixa ver o homem por trás da máscara fria de CEO.
Os beijos roubados no escritório.
A sensação de segurança nos braços dele.
E nada disso tem preço.
— Não — digo, finalmente, empurrando o cartão de volta para ela.
Eleanor arqueia uma sobrancelha, claramente surpresa.
— Não?
— Não — repito, mais firme agora. — Obrigada pela oferta, mas vou recusar.
— Srta. Sterling — ela diz, paciente demais, como se estivesse falando com uma criança. — Acho qu